quarta-feira, 25 de março de 2015

Reflexão sobre o seu e o meu universo.

Acho importante a pessoa que curte escrever se aventurar por diversos tipos de linguagens e de temas – estabelecer novas conexões, sinapses.
- Acho lindo.
Eu, que gosto de escrever, tento me dedicar mais a esse exercício, abandonando esse meu linguajar dramático, de desabafo mesmo – que me é muito característico, pra de repente escrever sobre outras pessoas reais, ou sobre pessoas surreais, ou pessoas que sei lá, moram em mim e que não sejam tão...melodramáticas.
Juro que tento.
Mas escrever acaba por ser uma extensão do sentimento que mora em mim. E, quando dou por mim, mesmo botando o outro no meio, de repente sou eu, destrinchando a minha vida e toda aquela angústia que gira ao redor dela.
Admiro quem se atém as coisas externas. Admiro mais ainda aquele que consegue escrever, lindamente sendo completamente imparcial.
Admiro, mas isso não é pra mim. Talvez as minhas funções cognitivas relativas à escrita sejam limitadas. Sabe-se lá.
No meio da primeira frase o coração se intromete e pronto.
Traçando uma linha cronológica, percebo claramente o quanto essa linha emocional ultrapassa os papéis e delimita totalmente todos os caminhos que tracei ,todas as pessoas que me dei, todas as escolhas que por fim nunca escolhi – sempre me escolheram.

[Esses parágrafos surgiram de uma reflexão que ,como todas as outras se não for feita no papel, se perde. Surgiram de um questionamento sobre o porquê de nunca experimentar escrever sobre política e assuntos gerais que dizem respeito a um contexto bem maior do que meu próprio umbigo.
Funções cognitivas ou pequenez humana. De qualquer forma ,acabo me explicando: Ainda tô tentando entender meu próprio universo pra ver se dou um jeito de me encaixar nesse aí tão maior e tão mais complexo.]

- Coração sobrecarrega.

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