quinta-feira, 4 de julho de 2013

Pra falar de amor.

Quando meu pai viaja, minha mãe se deita do lado que ele dorme.

Pra mim, isso é amor.

E eles se despedem sempre com um sorriso
- São cúmplices até mesmo nesses pequenos detalhes.

E quando um fala, o outro se cala.
Parece que eles vivem entrando em um tipo de consenso silencioso.

É desse tipo de amor que eu nasci.

Se não fosse a dose de erros,
Esses que todo mortal adquire assim que nasce,
E Deus tivesse somente me presenteado
Com esse amor do qual fui fruto...

...Eu seria um tipo de estrela  (uma constelação,talvez)
Ou feita de qualquer outra coisa,
Impossível de se alcançar.

Quando a falta,
Transforma qualquer rastro em presença.
E cada despedida,
Num tipo de felicidade compartilhada
- daqueles que sabem que ainda assim se pertencem.

E o respeito,
A Partilha,
Que moram no silêncio.

Feito de qualquer coisa,
Quase impossível de se alcançar...

Pra mim...
Só pode ser amor.

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