quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sinais

Tenho mania de deixar um dos braços levantado quando deito.
Você entende o sinal.
Eu levanto o braço ,
você desliza a ponta dos seus dedos devagar,
do ombro à palma da minha mão
 infinitas vezes.

Devagar

...até a gravidade me desobedecer.

 E Seus braços ficam dormentes rápido demais.
Mas você sabe o quanto eu curto me encaixar no seu corpo morno
 na hora de dormir.
- Meus pesadelos se afastam quando você está por perto.
Eu entendo o sinal.
Depois de um tempo, vou me desenroscando devagar,
 tirando a cabeça de cima do seu ombro.
Rolo pro outro lado da cama,
me viro pra você,
dou um beijo ,
fecho os olhos e viro pro outro lado,
porque eu sei que você curte adormecer
 assim que deita.

(Logo,penso)

O sinal é de fato o diálogo dos corpos  e não (necessariamente) se apresenta através de comandos perceptíveis
O corpo simplesmente fala
o outro simplesmente responde
E o resto se torna dispensável.



(Falo por nós dois)

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