domingo, 28 de setembro de 2008

saindo da fossa.


Acho que me dou até bem com a morte. Não consigo ficar em casa chorando por dias, lamentando pelas coisas que não aproveitei quando ele tava vivo.Logo pensei:eu não o vi ficar cego,banguela.Não tive que mandar sacrificar, não o vi frequentando clínicas, tomando remédios, coisas do gênero.Foi a primeira vez e não voltou. Não seria maravilhoso se a gente morresse assim?Pois bem, carrego além da saudade somente essa convicção.
Como cada pedacinho dessa casa me lembra o toty, me senti sufocada.A tarde encontrei os amigos, ri um bocado..voltei pra casa e voltou a sensação estranha. Saí pra dançar.
A morte definitivamente trás muito silêncio.Nunca precisei tanto de um lugar barulhento o bastante pra me fazer não pensar naquele dia,naquela casa. O que mais me incomodava naquele lugar é q eu sabia q eu iria voltar pra casa..e num ia ter latido algum. Só silêncio.
Por fim, embebedei-me. Fiquei ruim mesmo.Gastei horrores. Eu acho que o alcool é um bom companheiro pra essas horas...me joguei na pista, tive crises gostosas de riso.Definitivamente amigo é bom pra essas horas.. e pra todas as outras.
agradeço a gê e o mangus.. por compartilharem.

Um comentário:

Pipa Cavalcanti disse...

acho que o mais triste da morte é o fato de que quem fica é que passa a não existir. Estranho essa sensação. Ja parou pra pensar?
Abraço, querida