segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tributo a sua ausência.

Já se passaram cinco anos e eu mal tive notícias suas.
Passei o olho em algumas fotografias - houveram outros amores, eu sei.
Percebi que seu gosto mudou e que suas idéias já são outras.

Mas o amor...demora.

Sei que já são cinco anos.
Mas eu ainda me lembro de todas as suas palavras.
Inclusive, escrevi suas palavras no meu caderno e as uso pra falar sobre amor e outras dores.
Gravei o timbre da sua voz e o procurei em outras bocas.
Aqueles sons ainda me provocam qualquer coisa - e ainda me pego repetindo seus versos (em uma tentativa frustrada de dar aquela mesma entonação) .

Mas jamais haverá outras bocas.
E não adianta procurá-lo em outros timbres.

O nosso reencontro ontem me fez constatar o quanto você sempre será insubstituível.
Ouvi e repeti todas as suas palavras como se fossem preces.
Repetia alto,na esperança que você vibrasse com a minha presença - vibrasse na mesma frequência.

Reconheci no seu tom a dor em mim guardada.
Reconheci nos seus versos os meus desejos ainda latentes
Percebi nos meus gestos as mesmas respostas.

O amor demora porque ainda se ama - mesmo em face a sua ausência.

Ainda alimento secretas esperanças - sobre aqueles nossos antigos encontros periódicos...
Iria onde quer que fosse só pra escutar seus devaneios.
Adoraria gravar no meu caderno seus novos versos (seus novos amores também seriam meus).
E eu levaria esse meu amor demorado até as últimas consequências.

Porque eu juro que tentei substituí-lo.
Briguei contra as minhas secretas esperanças -desfiz delas temporariamente.
E repeti outros versos  e idéias opostas às suas - na eterna tentativa de arranjar alguém pra me consolar.

Mas...veja bem meu bem.
Até hoje, o único que ocupou o seu lugar...
Foi a saudade.

E a solidão deixa o coração nesse leva e trás...

* Para Los Hermanos, com amor.



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